Artes, artesanatos, práticas e fatos

Artes, artesanatos, práticas e fatos
Tudo vale a pena...

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Panos de Parede Antigos = Wandschoner


Eu fecho os olhos e lembro de um lindo pano de parede que minha mãe bordou e deu de presente para sua sogra ( minha Vó Titine ). Neste pano tinha escrito assim: Uma mulherzinha esperta nunca se aperta e um outro: Deus abençoe este lar. Sempre tive curiosidade de saber de onde foi que ela tirou aquela ideia. Conversando com ela, me contou que os panos eram vendidos já riscados, ela comprava na Loja Rio em Camaquã. Lendo alguns artigos em blogs de artesanato descobri que o nome desta técnica é “ wandschoner” panos de parede que no Brasil, tiveram origem com os colonizadores  italianos do Rio Grande do Sul, eram bordados pelas colonas com imagens e dizeres e serviam para enfeitar as paredes das casas, principalmente da cozinha.  Tem até um livro sobre a história dos panos de parede, trabalho escrito pela professora Cleci Eulalia Favaro intitulado Penélopes do Século XX: a cultura popular revisitada. “os imigrantes construíram um corpo de valores positivos, destinado a servir de suporte emocional e veículo de comunicação externa. Por meio do bordado de imagens e inscrições sobre panos de parede ou panos de cozinha em tecidos rústicos, as mulheres contribuíram para alimentar o sonho de uma vida melhor.
Tem os que afirmam que panos protetores de paredes, fazem parte das memórias histórico-afetivas das comunidade teuto-brasileiras( sendo Camaquã um berço de colonizadores alemães, acredito que seja verdade também). Os wandschoner, do dialeto Hunsrück, é um artesanato típico da Alemanha que foi trazido para o Brasil pelas famílias imigrantes alemãs. Confeccionados em tecido de algodão, têm no centro uma mensagem bordada (provérbio popular, citação bíblica...), era originalmente escrito em língua alemã. Em torno da mensagem geralmente eram bordados ramos de flores. Nas paredes, refletem e transmitem valores e normas das famílias. “Durante a Segunda Guerra Mundial, a língua alemã foi proibida no nosso país, e assim a arte de bordar wandschoner acabou abandonada pelas mulheres.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012






Letras feitas de papelão de caixinhas de chinelos de dedos, revestidas com pedacinhos de catálogos de perfumes... viraram enfeite do quadro da nossa sala de aula...



Nossas bolsinhas de levar livrinhos para casa. Vai junto um dos bonecos de pano. Alguns deles tem enchimento de lã de ovelha que as próprias crianças desfiam e cardam... A sacolinha azul é uma homenagem as "jabuticabas de Monteiro Lobato"...

sábado, 29 de setembro de 2012

Aqui na Santa Rita tem um lugar chamado Capão da Cruz, lá descobri esta linda imagem...


Trabalho feito para comemorar o dia do folclore... Minha sala ficou com a lenda da Salamanca do Jarau... enfeitamos a sala como se fosse a gruta, foi muito bacana.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012







Esta galera toda apareceu aqui em casa... são muito fofos, mas ainda não sei de quem se tratam....rsrsrsrs


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cantinho da Érica

Quando estava esperando minha filha as coisas estavam bem feias, ainda não era formada na faculdade e o meu salário não era muito.
Queria que minha filha tivesse o melhor e para aquela situação o que mostra a foto foi o melhor que pude fazer. Morava numa casa de madeira, literalmente caindo os pedaços, para que o farelo dos cupins não caíssem sobre ela, colei várias camadas de jornal em toda a parede e depois pintei...Olhando a foto não dá para dizer o estado precário que se encontrava aquela parede... não foi revestida de ouro mas sim de amor...
Amo tanto minha filha... é meu maior patrimônio!!!!

Postagens do facebook...








Aqui morava alguém...


Recordações...




Tudo sempre muda...

As imagens falam por si...








Fotos tiradas no meu jardim, amo fotografar...

Um pouco da gloriosa ascensão de Santa Rita do Sul


Um pouco da gloriosa ascensão de Santa Rita do Sul.
       Com uma fase de grande expansão da cultura do arroz na região de Camaquã e em especial na nossa comunidade, os lavoureiros sentiram a necessidade de criar uma “firma” para atender ao beneficiamento da produção. Foi quando construiu-se a então Arrozeira Camaquense S.A. numa assembleia geral dos fundadores que foi realizada no dia 09 de fevereiro de 1948. Eram 47 acionistas dos quais 44 eram orizicultores do município.
       As instalações foram feitas no então segundo distrito de Camaquã, a localidade do Guaraxaim, bem nas margens da lagoa, em terras da fazenda da Quinta que foram doadas pela firma Luiz & Azambuja.
       Os prédios eram de alvenaria e ocupavam um espaço de mais ou menos 4.250m² . As máquinas eram o que havia de mais moderno na época, foram fornecidas pela firma Kepler & Webber Ltda. Que ficava em Panambí, então município de Cruz Alta.
       Produzia aproximadamente 80 sacos beneficiados por hora, tudo automatizado. Havia também uma balança para pesagem mecânica e a costura elétrica dos sacos.
       Na secagem do arroz era aproveitada a própria casca. Haviam três secadores com capacidade para 3.000 sacos diários, máquinas de limpeza com elevadores de carga e descarga automáticos, depósitos para arroz seco, transportadora automática de escamas com 40 metros, balança automática para a pesagem do ensaque. Os equipamentos eram acionados por um “locomóvel” Wolf de 250 HP que também funcionava com a queima da casca. A energia elétrica para iluminação e força ficava por conta de um gerador de 40KVA.
       Havia depósitos com capacidade de 150.000 sacos, onde o serviço de empilhamento era feito por empilhadeiras automáticas.
       A balança funcionava com capacidade para 15.000kgs o que permitia um recebimento diário superior a 6.000 sacos que chegavam ao engenho por intermédio de caminhões e carroças.
       Tinha um escritório considerado moderno para a época que funcionava em um prédio espaçoso e confortável.
       Para atender a demanda interna foi construído inclusive um posto de combustível.
       A ARCA possuía uma frota própria de caminhões e o escoamento da produção era feito via lacustre, para vários portos da Laguna dos Patos.
       Em 1951 a ARCA era administrada pela então diretoria:
Mário Batista de Oliveira – Presidente
Lauro Silva Azambuja – Diretor
Romeu Luiz Pereira da Silva – Diretor
Manoel Mendes Centeno, Sílvio Luiz Pereira da Silva e Dr> Boaventura Azambuja Centeno – Suplentes da Diretoria.
Francisco Luiz Pereira da Silva- gerente
Albino J. Gollo – Chefe do escritório
Amândio L. Castro – Chefe de produção

Fazenda da Quinta
       A fazenda da Quinta ocupava uma área de 4.060 braças de sesmaria, com se media na época equivalentes hoje a.... Pertencia a firma Luiz & Azambuja compostas dos sócios Sílvio Luiz Pereira da Silva, Francisco Luiz Pereira da Silva e Lauro Silva Azambuja. Devido a ser composta de várzea onde havia ótimas condições para pastagem foram criados gado bovino, ovino e equinos de alta linhagem.  No gado bovino destacava-se a criação de Hereford, sendo que para garantir um bom plantel em meados de 1950 veio da Inglaterra um touro para apuramento da raça. Havia mais ou menos em 1951 80 ventres puras que eram emprenhadas pelo touro importado da Inglaterra, 120 ventre puras por cruza compradas da Cabanha Charrua, de Uruguaina e da Cabanha de Agenor Garcia, de Jaguarão.
       Os ovinos eram da raça Romey-March e eram compostos por mais ou menos 1.600 cabeças (31/03/51), com reprodutores Uruguaios que foram comprados numa exposição de Uruguaiana e Bagé. Há relatos de que este rebanho produzio por cabeça uma média de 3.400 kgs de lã de fina qualidade.
       201 equinos de alta mestiçagem onde 2 reprodutores tubianos crioulos faziam a cobertura das fêmeas. Haviam também animais destinados a disputa de carreiras, entretenimento muito apreciado na época. Sendo 20 éguas destinadas para este fim eram servidas pelo garanhão Revenge.
        A plantação de arroz inicio nestas terras por volta de 1935 mediante o arrendamento de lavouras. Sendo que 1946 a firma organizou  as lavouras em lotes de 800 quadras anuais, parte para sua produção e parte para exploração em parcerias. A irrigação era feita pelo nosso famoso “conduto” valo com aproximadamente 15 km de extensão na época. Eram usados motores a diesel para fazer as puxadas de água.
       Havia instalados no local ferraria, carpintaria e mecânica para darem conta da enorme demanda de equipamentos que eram utilizados na época.

sábado, 23 de junho de 2012

O melhor tempo...

O melhor tempo é e sempre será o tempo presente...