Tupiã e Aciré
Na terra dos bugres não havia fadas, elas pertenciam a crença de outra tribo.
Quando Tupiã saiu da gruta ouviu a voz de Aciré e foi seguindo o zumbidinho para saber o que era.
Ficou muito admirada, como um corpinho de flor podia ter cabeça? E quanto mais admirada ficava, mais ia crescendo sua curiosidade. E curiosidade de brugre é igual capivara em picada, só anda para frente.
E Tupiã perguntou a Aciré o que ela era. Bicho, planta ou gente?
Aciré respondeu que era uma fada e Tupiã não tinha no pensamento uma ideia que dissesse o que era uma fada. Sentou onde tinha parado e procurou nas lembranças saber o que era uma fada.
E Tupiã cansada de tanto pensar não achou uma resposta.
Para Aciré que era fada, ser fada era uma coisa normal. E com toda a calma, abriu uma sacolinha de ideias e foi juntando uma na outra e explicando para Tupiã a sua existência.
Tupiã que até então só conhecia os bichos, as plantas e a sua gente ficou fascinada.
Esta história é uma homenagem a minha filha tão amada, que parece uma bugrinha, saída de um lindo conto de fadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário