Quando estava esperando minha filha as coisas estavam bem feias, ainda não era formada na faculdade e o meu salário não era muito.
Queria que minha filha tivesse o melhor e para aquela situação o que mostra a foto foi o melhor que pude fazer. Morava numa casa de madeira, literalmente caindo os pedaços, para que o farelo dos cupins não caíssem sobre ela, colei várias camadas de jornal em toda a parede e depois pintei...Olhando a foto não dá para dizer o estado precário que se encontrava aquela parede... não foi revestida de ouro mas sim de amor...
Amo tanto minha filha... é meu maior patrimônio!!!!
Artes, artesanatos, práticas e fatos

Tudo vale a pena...
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Um pouco da gloriosa ascensão de Santa Rita do Sul
Um pouco da gloriosa ascensão de
Santa Rita do Sul.
Com
uma fase de grande expansão da cultura do arroz na região de Camaquã e em
especial na nossa comunidade, os lavoureiros sentiram a necessidade de criar
uma “firma” para atender ao beneficiamento da produção. Foi quando construiu-se
a então Arrozeira Camaquense S.A. numa assembleia geral dos fundadores que foi
realizada no dia 09 de fevereiro de 1948. Eram 47 acionistas dos quais 44 eram
orizicultores do município.
As
instalações foram feitas no então segundo distrito de Camaquã, a localidade do
Guaraxaim, bem nas margens da lagoa, em terras da fazenda da Quinta que foram
doadas pela firma Luiz & Azambuja.
Os
prédios eram de alvenaria e ocupavam um espaço de mais ou menos 4.250m² . As
máquinas eram o que havia de mais moderno na época, foram fornecidas pela firma
Kepler & Webber Ltda. Que ficava em Panambí, então município de Cruz Alta.
Produzia
aproximadamente 80 sacos beneficiados por hora, tudo automatizado. Havia também
uma balança para pesagem mecânica e a costura elétrica dos sacos.
Na
secagem do arroz era aproveitada a própria casca. Haviam três secadores com
capacidade para 3.000 sacos diários, máquinas de limpeza com elevadores de
carga e descarga automáticos, depósitos para arroz seco, transportadora
automática de escamas com 40 metros, balança automática para a pesagem do
ensaque. Os equipamentos eram acionados por um “locomóvel” Wolf de 250 HP que
também funcionava com a queima da casca. A energia elétrica para iluminação e
força ficava por conta de um gerador de 40KVA.
Havia
depósitos com capacidade de 150.000 sacos, onde o serviço de empilhamento era
feito por empilhadeiras automáticas.
A
balança funcionava com capacidade para 15.000kgs o que permitia um recebimento
diário superior a 6.000 sacos que chegavam ao engenho por intermédio de
caminhões e carroças.
Tinha
um escritório considerado moderno para a época que funcionava em um prédio
espaçoso e confortável.
Para
atender a demanda interna foi construído inclusive um posto de combustível.
A
ARCA possuía uma frota própria de caminhões e o escoamento da produção era
feito via lacustre, para vários portos da Laguna dos Patos.
Em
1951 a ARCA era administrada pela então diretoria:
Mário Batista de Oliveira – Presidente
Lauro Silva Azambuja – Diretor
Romeu Luiz Pereira da Silva – Diretor
Manoel Mendes Centeno, Sílvio Luiz Pereira
da Silva e Dr> Boaventura Azambuja Centeno – Suplentes da Diretoria.
Francisco Luiz Pereira da Silva- gerente
Albino J. Gollo – Chefe do escritório
Amândio L. Castro – Chefe de produção
Fazenda da Quinta
A
fazenda da Quinta ocupava uma área de 4.060 braças de sesmaria, com se media na
época equivalentes hoje a.... Pertencia a firma Luiz & Azambuja compostas
dos sócios Sílvio Luiz Pereira da Silva, Francisco Luiz Pereira da Silva e
Lauro Silva Azambuja. Devido a ser composta de várzea onde havia ótimas
condições para pastagem foram criados gado bovino, ovino e equinos de alta
linhagem. No gado bovino destacava-se a
criação de Hereford, sendo que para garantir um bom plantel em meados de 1950
veio da Inglaterra um touro para apuramento da raça. Havia mais ou menos em
1951 80 ventres puras que eram emprenhadas pelo touro importado da Inglaterra,
120 ventre puras por cruza compradas da Cabanha Charrua, de Uruguaina e da
Cabanha de Agenor Garcia, de Jaguarão.
Os
ovinos eram da raça Romey-March e eram compostos por mais ou menos 1.600
cabeças (31/03/51), com reprodutores Uruguaios que foram comprados numa
exposição de Uruguaiana e Bagé. Há relatos de que este rebanho produzio por
cabeça uma média de 3.400 kgs de lã de fina qualidade.
201
equinos de alta mestiçagem onde 2 reprodutores tubianos crioulos faziam a
cobertura das fêmeas. Haviam também animais destinados a disputa de carreiras,
entretenimento muito apreciado na época. Sendo 20 éguas destinadas para este
fim eram servidas pelo garanhão Revenge.
A plantação de arroz inicio nestas terras por
volta de 1935 mediante o arrendamento de lavouras. Sendo que 1946 a firma
organizou as lavouras em lotes de 800
quadras anuais, parte para sua produção e parte para exploração em parcerias. A
irrigação era feita pelo nosso famoso “conduto” valo com aproximadamente 15 km
de extensão na época. Eram usados motores a diesel para fazer as puxadas de
água.
Havia instalados no local ferraria,
carpintaria e mecânica para darem conta da enorme demanda de equipamentos que
eram utilizados na época.
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